quarta-feira, 26 de março de 2014

Acesso à internet pela TV ficará mais simples, diz fabricante


Nova TV LG da linha 2014; menu de internet aparece sem cortar a imagem da TV

Por EDUARDO BONJOCH

Se depender dos grandes fabricantes, sua próxima TV vai acessar a internet de forma bem simples e, de preferência, terá resolução 4K (ou Ultra HD). Essas são as duas maiores apostas da LG, uma das marcas mais importantes do setor, para 2014. 

Grande parte da linha 2014 de TVs conectadas à internet apresentada hoje (25) à imprensa traz uma nova plataforma que facilita o acesso aos conteúdos on-line. “Em mais de dez dos novos modelos, o espectador poderá acessar o menu de aplicativos enquanto continua assistindo ao canal de sua preferência”, explica Fernanda Summa, gerente-geral de marketing de home entertainment da LG. 


Até o ano passado, não era possível dividir a tela com a imagem dos canais de TV e o menu de internet ao mesmo tempo. A nova tecnologia vai acompanhar televisores de 39 a 84 polegadas. O investimento nos modelos mais básicos será de R$ 1.800 a 2.000, quase o mesmo valor das TVs com acesso à internet de 40 a 42 polegadas que já estão no mercado. 4K é prioridade Ao todo, a LG pretende fechar o ano de 2014 com 12 TVs 4K sendo vendidas nas lojas, com tamanhos de 49 a 98 polegadas. 

O forte dessa tecnologia está na resolução da imagem, que é quatro vezes maior do que a das TVs Full HD. A ampliação da linha foi divulgada uma semana depois que o fabricante decidiu reduzir sensivelmente o preço de seu modelo 4K de 55 polegadas. Essa TV já pode ser encontrada no varejo por R$ 8.000, R$ 7.000 a menos do que há seis meses, quando foi lançada. “Acredito que os preços não vão cair mais, porque chegaram ao limite”, comenta Rogério Molina, gerente-geral de TVs da LG. 

Se houver alguma queda mais brusca, em qualquer categoria de televisores, será por iniciativa própria do varejo”, diz. Prevista para chegar às lojas em junho, a TV 4K de 49 polegadas, a menor entre todos os fabricantes, ainda não tem preço sugerido. 

“Vai depender do mercado, do dólar e da economia”, afirma Molina. E o conteúdo, como fica? Hoje, a principal dificuldade para a adoção das TVs 4K está na falta de conteúdo original com resolução de 3.840 por 2.160 pixels, que é onde essa tecnologia se sobressai. As poucas opções disponíveis vêm da internet: são vídeos do YouTube e da Netflix, com destaque para a segunda temporada de House of Cards. 

A banda larga também precisa ser robusta. A orientação é que o usuário tenha um plano a partir de 15 Mbps. “Ainda vai demorar muito para se ter conteúdo 4K na TV”, afirma Molina. A Globo vem gravando novelas e séries nesse formato, mas sem nenhuma previsão de exibição.

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