terça-feira, 25 de março de 2014

Dr. F-1” diz que fãs podem se despedir de Schumi


Schumi é considerado por muitos o maior piloto de todos os tempos da Fórmula 1 / Damien Meyer/AFP


Gary Hartstein foi médico-chefe da F-1 entre 2005 e 2012 e acabou ganhando o apelido de “Dr. F-1”. Agora em seu blog, diante da falta de informações sobre o quadro de saúde de Michael Schumacher, ele pede para que seus fãs comecem a se despedir do heptacampeão, e que a pior notícia pode chegar em breve.

“Eu sempre soube que Michael era adorado. Passei anos em circuitos tomados pelo vermelho da Ferrari, eram bandeiras e camisas, e tudo isso para Michael. Eu ainda estou sensibilizado pela persistência do amor dos seus fãs com ele. E, enquanto eu me preocupava mais do que um pouco sobre o que estava para acontecer, quando e se realmente má notícia for anunciada, eu percebi que talvez a falta de atualizações no seu quadro clínico nos deu toda a chance começara nos despedir dele. E eu acho que este é provavelmente um dos "benefícios" inesperadas da estratégia de mídia escolhido pela família de Michael. De alguma forma, tenho a sensação de que as pessoas vão ficar bem, não importa o que aconteça, porque eles tinham agora o tempo para processar tudo isso. Eu só lamento que para chegar até aqui, você já todos tinham que trabalhar através do sentimento abandonado. Isso vai embora também. Espero”, escreveu ele.



No seu longo texto, Hartstein faz diversas observações sobre o quadro de Schumacher e mesmo acompanhando de longe a situação, tira algumas conclusões pela sua experiência médica. Entre elas, fala da expectativa de vida de pessoas em estado vegetativo, dizendo que depende muito das condições físicas do paciente, mas que eles geralmente morrem por infecções respiratórias e urinárias.

Além de criticar a assessoria de Schumacher pela falta de informações, causa que para ele gera o surgimento de muitos boatos, ele também fala da sua perda de peso e do questionamento de porque o alemão continua internado em Grenoble, na França, e ainda não foi transferido para perto de sua família. Esse ponto é mais um dos que indicam o possível estado de saúde do ex-piloto.

”Em primeiro lugar, a partir de um ponto de vista médico, uma vez que estamos fora da fase dramática e pressão intracraniana elevada, e barrando outros problemas significativos que causam instabilidade fisiológica e risco de morte, o paciente pode ser transferido para qual longe for. A transferência deve ser preparado com cuidado, é claro, mas mesmo horas de duração voos são possíveis com pacientes ventilados, entubados, como Michael. Então, porque é que ainda em Grenoble? Estou me baseando na noção de que Michael ainda está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), e ainda está sendo ventilado”, opinou. 


Da Redação noticias@band.com.br

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