Ro de Janeiro
Foram seis gols em duas partidas contra a Cabofriense. Na noite deste sábado, o Flamengo marcou mais três para selar sua vaga na final do Carioca. Dessa vez, a equipe da Região dos Lagos fez o seu. E nos 3 a 1 no Maracanã, o público que compareceu, novamente em pouco número - 5.977 pagantes e 9.327 presentes, renda de R$ 362.990,00 -, viu a redenção de Lucas Mugni, o argentino normalmente vaiado pela torcida. O camisa 10 marcou dois gols nos 18 primeiros minutos, comandou o time com boas jogadas, saiu aplaudido e levou o Flamengo a mais uma final na competição.
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João Paulo, o laterai-esquerdo que substituiu o contundido André Santos e geralmente criticado pela torcida, fez o terceiro. Eberson diminuiu para a equipe da Região dos Lagos. Na próxima quarta-feira, os rubro-negros farão jogo importantíssimo pela Libertadores, contra o Emelec, em Guaiaquil, no Equador, e precisam sair de lá pelo menos com o empate para manterem as chances de passar para a próxima fase. No outro domingo, terão a primeira partida da decisão carioca, no Maracanã. O adversário sairá deste domingo, no clássico Fluminense x Vasco, com os tricolores jogando pelo empate.
Mesmo com a vitória, o técnico Jayme de Almeida saiu com uma dor de cabeça. Hernane recebeu um tostão na região lombar ainda no primeiro tempo e foi substituído por Alecsandro. O atacante chorou bastante no banco de reservas e, com fortes dores, preocupa para a partida contra o Emelec. Contrastando com a tristeza do Brocador, o lateral João Paulo saiu de campo satisfeito com sua atuação e o apoio da torcida.
- Estou feliz por ter ajudado a equipe e ter feito o gol. Foi um dia bom. Estou tranqüilo, temos a confiança do treinador e trabalhamos para mostrar. Quanto mais o grupo mostrar a ele que quer jogar, melhor para o Flamengo. A torcida do Flamengo é importante e espero que ela possa nos ajudar daqui para frente.
Noite de Mugni
Os poucos torcedores rubro-negros presentes ao Maracanã não poderiam imaginar que em 18 minutos o Flamengo - com destaque para o argentino Lucas Mugni - liquidaria com qualquer esperança da Cabofriense, apesar de a missão já ser praticamente impossível desde o apito inicial. Aliás, tão logo a partida começou, o time da Região dos Lagos bem que deu um susto. Era quase um minuto quando Keninha mandou de fora da área, Felipe se espichou todo para mandar a bola para escanteio.
Foi só. E um candidato a herói virou vilão em poucos minutos. Foi o que aconteceu. Depois de segurar pressão, o Flamengo partiu para o ataque. E a partir de uma falha de Keninha no meio-campo. Lucas Mugni pegou a bola, arrancou e ameaçou dar para Hernane. Mas seguiu e bateu para o gol. A bola ainda desviou em Jardel e encobriu Cetim: 1 a 0, aos oito minutos. A Cabofriense, que antes precisava de vitória por três gols de diferença para decidir a vaga nos pênaltis, teria que fazer quatro, se desesperou e deixou espaços. E num centro de Muralha, Mugni, novamente ele, se aproveitou da má saída do goleiro Cetim e mandou de cabeça para as redes: 2 a 0, aos 18.
Com 2 a 0, fatura liquidada, vantagem de saldo de cinco gols, Mugni finalmente fazia boa partida com a camisa 10, com boa movimentação e passes açucarados como o de calcanhar para Hernane. E o camisa 9 tornou-se um sério problema para o técnico Jayme de Almeida: o Brocador levou um tostão de Luizão na região lombar. Tentou continuar, mas não teve jeito: saiu para a entrada de Alecsandro. No banco, chorou de dor e tristeza e passou a preocupar para o jogo contra o Emelec. Mas durante os primeiros 45 minutos, a torcida do Flamengo só tinha motivos para sorrir. Mesmo sem ser brilhante, o time mostrou ser grande a diferença técnica, ainda que sinta falta dos laterais titulares - Léo Moura e André Santos - para ganhar mais opções ofensivas.
Fla amplia
No segundo tempo, o Flamengo se aproveitou da apatia do adversário para ditar o ritmo. Em boa trama de Alecsandro e Paulinho, Gabriel colocou à esquerda de Cetim e por pouco não ampliou - a bola raspou a trave. Logo depois, Lucas Mugni, com dores na panturrilha, saiu sob aplausos da torcida para a entrada de Márcio Araújo.
Mesmo com a saída do destaque da partida, o Flamengo, cheio de espaços, passeava em campo. A Cabofriense já estava totalmente entregue. Curiosamente, o técnico Alexandre Barroso não mexia no time. E não foi difícil os rubro-negros chegarem ao terceiro gol. João Paulo arrancou e, numa tabelinha com Alecsandro, tocou sem defesa: 3 a 0, aos 19 minutos.
Alexandre Barroso resolveu mexer. E logo depois que Anderson entrou no lugar de Keninha, deu belo passe para Eberson fazer o gol de honra para o time da Região dos Lagos, aos 30 minutos. O Flamengo ainda pressionou. João Paulo mandou no travessão, Alecsandro perdeu chance no fim, mas a vitória, com passagem para a final, estava selada.
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